quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Vai pro livro :A infância, a mala, por fim a briga II


A ordem da minha mente era, ignore essas pessoas e continue a se  concentrar no que estava fazendo.  Uma vez, duas, tres .... nada a declarar, o tratamento carinhoso de toda a sala continuava por todos os lados. Mas hoje demanha tinha sido diferente. Voce pode falar de mim, mas , meu amigo, nao tente encostar. A maior parte do motivo da briga eu tinha deletado da minha cabeça. Pouca coisa fazia sentido. Alguns flashes de gente rindo enquanto eu passava e alguns dedos gorduchos apontando na minha direçao. 

A verdade é que de repente o sangue ferveu. Eu nao ia deixar as coisas da quarta série se repitirem. Eu entrei na sala e  peguei as primeiras mochilas que vi na minha frente e , sob os olhares assustados de todos, joguei tudo pela janela dos fundos. Alguém começou a berrar atras de mim e uma voz de garoto disse que eu era uma tonta. É claro que eu sabia que ia ter retaliaçao, só nao imaginava o que me esperava quando eu virei o corpo para encarar o resto dos colegas. Foi quando Lara veio  na minha direçao. Com aquela conversinha de mulherzinha, tentando pegar meus cabelos, berrando, agindo feito uma perua histérica. Só que pra infelicidade dela eu já tinha feito dois anos de jiu jitsu. Eu agarrei as maos dela, tentando deixa-las afastadas do meu corpo. Mas ai eu me lembrei de tudo. Como essa garota riu da minha cara durante todos esses anos, e tentou de tudo para me rebaixar mesmo quando eu estava levando vantagem na situaçao. 

Eu tinha ficado quieta tempo demais. Minha psicóloga tinha me dito para nao guardar mágoas, resolver as coisas. Eu tenho certeza que o resolver dela nao seria dessa maneira, tarde demais para moral e ética. Minha mao já estava na cara de Lara. Foi tudo rápido demais. As pessoas começaram a berrar ao nosso redor e eu senti uma ardencia na testa. Os anéis dela tinham me cortado e eu ainda nao tinha deixado nenhum roxo na sua cara. Eu nao sei como aconteceu. Senti meus joelhos baterem no chao frio e suas maos tentarem arranhar qualquer vestígio de pele possível. Eu a prendi no chao,  exatamente como tinha aprendido. Nossos cabelos estavam desgrenhados e ela estava berrando coisas ininteligíveis para mim . Foi ai que eu notei que só tinham garotas na sala. Nenhuma queria se arriscar para apartar a briga. Eu dei o primeiro soco, nem sei o que eu acertei. Mas logo em seguida, eu senti um murro pegar debaixo do meu olho direito. É claro que eu nao pensei. Acho ironico quando as pessoas perguntam " O QUE VOCE TAVA PENSANDO NA HORA ?" Nada, uai. Eu só mirei e acertei outo soco bem no olho dela.

 Quando estava prestes a sentar outro soco naquela cara, duas maos seguraram meus braços para trás e me levantaram do chao. " VOCES DUAS SAO DOIDAS ?" " LEVANTA A LARA" " CARACA A CATARINA TA SANGRANDO" duas vozes masculinas berravam, desesperados. Eu olhei ao redor, com a visao meio embaçada e vi duas maos pequenas vindo na minha dirençao. " FICA NA TUA, PORRA LARA, TA QUERENDO SER EXPULSA DAQUI ?" O garoto que me segurava berrou, bem do lado do meu ouvido direito, eu senti meu tímpano incomodado com aquele barulho. 

" O que que voce tava pensando cara ?" Eu só conseguia pensar numa coisa. O garoto que segurava nao era exatamente meu amigo. Meus amigos estavam encolhidos em um canto da parede. Thaís, a que tinha me ajudado na aula, também estava um pouco descabelada. Agora eu sei que ela tentou me defender, quando  uma amiga da Lara veio pra cima de mim . Precisava me lembrar de agradece-la depois.



NÃO É INSPIRADO NA MINHA VIDA ,A I MEU DEUS HAHA


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